Cenário de guerra na província de Sofala
“Já enviámos equipas das FADM para os locais considerados perigosos” – administrador de Chibabava, Arnaldo Machowe, em contacto telefónico com o nosso jornal
A população da Vila de Muxúnguè está de novo a viver um ambiente de guerra. Depois de em Abril passado a vila ter ficado sitiada após os ataques da Força de Intervenção Rápida à sede local da Renamo e que mereceu uma resposta fatal dos ex-guerreiros da Renamo, este fim-de-semana a vila voltou à mesmíssima situação.
Desde o anúncio oficial feito pelo chefe do Departamento de Informação da Renamo, Jerónimo Malagueta, na noite de quarta-feira passada (19/06/2013), de que o seu partido iria bloquear a circulação de viaturas e pessoas na região entre Rio Save e Muxúnguè e que logo a seguir houve ataque a três viaturas de pessoas singulares, resultando em três vítimas mortais e muitos feridos, a vila perdeu a paz. As lojas, escolas, hospitais e outras instituições foram encerrados. Na tarde de sexta-feira, um dia após os ataques a população da vila estava concentrada na esquadra policial local, em busca de refúgio.
Com o ataque desabou a estrutura metálica da ponte sobre o Rio Repembe, cortando o trânsito de viaturas entre o Rio Save e Muxúnguè e, consequentemente, entre o sul e o centro/norte do País.
Depois de restabelecido o tráfego rodoviário, este acontece com a escolta de agentes das Forças Armadas e da Polícia, conforme confirmou ao Canalmoz o administrador de Chibabava, Arnaldo Machowe.
“É arriscado agora viajar pela Estrada Nacional Número 1. Melhor não arriscar até que a tensão mostre melhorias”, disse Machowe.