“Yaqub Sebindy e seus companheiros da oposição avisaram em Inhambane que estavam a caminho de Sadjundjira” - Esclarece Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo
Na manhã desta segunda-feira, Sebindy acusou o líder da Renamo de prepotência
Em reacção, Fernando Mazanga disse que a Renamo não se identifica com partidos da oposição cuja agenda é manter o partido Frelimo e Guebuza no poder
A viagem mal sucedida a Sadjundjira de Yaqub Sebindy, António Massango, Miguel Mabote e Marcos Juma, todos presidentes de partidos políticos que estranhamente apoiam a Frelimo e Armando Guebuza, alegadamente para dialogar com líder da Renamo, continua na ordem do dia. Sebindy deu uma entrevista na manhã desta segunda-feira à RDP África a acusar o líder da Renamo de “prepotência”. O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, esclareceu esta segunda-feira ao Canalmoz que Yaqub Sebindy e seus companheiros de oposição que apoiam o Governo não foram autorizados a viajar à Gorongosa nem sequer submeteram a agenda da sua visita ao Gabinete do Afonso Dhlakama, em Maputo.
Segundo Mazanga, Yaqub Sebindy e companhia receberam do porta-voz da Renamo após manifestação de interesse por via verbal, a instrução de redigirem uma carta ao chefe do Gabinete do presidente da Renamo, na qual deviam fazer constar a lista dos tais partidos extraparlamentares e os pontos de agenda que gostariam de debater com Afonso Dhlakama.
Sebindy e seus colegas de oposição, de acordo com o porta-voz da Renamo, simplesmente ignoraram tais instruções e partiram para Sadjundjira. Já em Inhambane é que telefonaram a Fernando Mazanga informando que estavam a caminho da Gorongosa. “Simplesmente desejei-os boa viagem”, disse Mazanga, acrescentando que eles viajaram sem aval do Gabinete de Afonso Dhlakama em Maputo que trata das audiências do líder da Renamo.
Queriam falar em três minutos como fizeram com Guebuza
Mazanga recordou ao Canalmoz que o líder da Renamo recebeu parte dos partidos da oposição extraparlamentar que tiveram quase todo o dia a dialogar com Afonso Dhlakama sobre temas candentes da vida socio--política do País. O porta-voz da Renamo disse que Yaqub Sebindy e seus comparsas quando foram recebidos por Armando Guebuza só tiveram três minutos para falar com o presidente.
Isso, segundo Mazanga, é o que Sebindy e seus colegas queriam que o presidente Dhlakama fizesse com eles.
“Isso mostra que estes senhores quererem protagonismo político”, disse.
São presidentes de partidos com agenda duvidosa
Mazanga também falou do perfil dos presidentes dos referidos partidos da oposição, nomeadamente o PIMO, de Sebindy, o Partido Trabalhista, de João Massango, e Ecologista, de Miguel Mabote, PANAMO, de Marcos Juma. Segundo Mazanga é inconcebível que estes partidos da oposição lutem para que o outro partido esteja eternamente no poder, tal como faz o bloco auto-intitulado “Oposição Construtiva”. “A Renamo luta pelo multipartidarismo” mas não coabita com partidos cujo objectivo é combater a própria oposição”, disse
Mazanga. Lembre-se que este bloco auto-intitulado de “Oposição Construtiva” é frequentemente convidado pelo presidente da República e da Frelimo onde são submetidos a sessões de elogios da alegada “sabedoria” de Armando Guebuza..
CANALMOZ – 17.07.2013