Desta vez e depois de terem obedecido todos os trâmites normais para a exportação, incluindo a verificação por agentes da agricultura, PRM e das Alfândegas, iam à exportação ilegal 20 contentores com madeira e outros produtos proibidos por lei, tendo sido outras entidades do Estado a detectar a irregularidade, a partir de uma denúncia, conforme tem sido recorrente nos últimos tempos.
A Mofid, Lda é a empresa de exploração madeireira que ficou tristemente celebre por, em 12 anos, ter sido responsável por 20 infracções de um total de 31 contabilizadas pelo nosso jornal e que num único ano cometeu a proeza de ser apanhada 10 vezes a violar a lei e lhe ter sido aplicada multas em todas elas, tendo pago apenas uma.
É, por outro lado, a Mofid, Lda que em princípios deste ano chamou atenção ao país e ao mundo, por ter sido dada como estando ligada a nomes da actual nomenclatura política do nosso país.
Na semana passada, o vaivém porto-direcção da agricultura e serviços de defesa e segurança já indiciavam alguma ilegalidade, com agentes ligados à fiscalização dos serviços florestais e faunísticos e alfandegários a deporem perante os instrutores dos respectivos processos.
Licenças suspensas
Entretanto, a partir de Inhassoro, província de Inhambane, onde decorria o conselho coordenador do ministério da Agricultura, o director nacional de Terras e Florestas, Simão Joaquim, disse haver empresas com licenças suspensas por determinados períodos e outras advertidas, principalmente em Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado.
O “Notícias” obteve a lista das empresas desta província, suspensas por um ano, que inclui a Mofid, Lda, ao lado da Gak, Kingway, Wood export e João António, enquanto foram advertidas as empresas identificadas pelos nomes dos seus proprietários, nomeadamente, Machude, Tualibo Adelino, Guilhermina Quivalaca, Flávia Fortunato, Chareia Zulficar, Cecílio Ali e a Panga e Comadel, Lda.
Porém, as autoridades da agricultura, em Cabo Delgado, não se querem pronunciar tanto no primeiro, como no segundo caso, mais uma vez por indisponibilidade dos seus titulares. O chefe dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia, Raul Messo, disse estar de férias e o seu director, Mariano Jone, à altura do nosso contacto disse que ainda se encontrava na província onde acaba de decorrer a reunião máxima do seu ministério, curiosamente, dirigindo-nos ao seu chefe, ora em gozo da sua licença disciplinar.
- Pedro Nacuo