De acordo com dados facultados à nossa Reportagem por Manuel José Sithole, director provincial dos Recursos Minerais e Energia em Tete, ocorrem na província, para além do carvão, uma variedade de minérios que podem contribuir para alavancar a economia da província e do país. Entre tais minérios consta ouro, ferro e pedras preciosas e semi-preciosas.
“Temos o ouro que já se extrai em moldes industriais, temos os minérios de ferro, o carvão que está a ser exportado, pedras preciosas e alguns minerais industriais”, frisou José Sithole.
Neste momento, segundo a fonte, a Baobab Resources está em fase avançada de pesquisa de minérios de ferro, a Jindal que já começou a produzir carvão, a Ncondezi Coal está a concluir estudos para extracção do carvão.
Enquanto isso, ainda de acordo com a fonte, a Mineral Resources Mozambique está explorar ouro em Chifunde.
No que se refere ao ferro, Manuel José Sithole aponta que ainda é difícil avaliar as potencialidades porque os estudos estão em curso.
“Não podemos considerar que a província no seu todo tem potencial para a mineração porque a actividade faz-se em zonas específicas onde existe o minério. Não vamos operar onde não existe nada. A prospecção é para definir áreas para a actividade”, disse José Sithole.
A zona Norte da província, por exemplo, tem mais potencial para a prática da agricultura, sendo que a actividade mineira não tem o mesmo impacto como acontece nos distritos de Moatize e Changara.
A nossa fonte indicou que a actividade mineira está a trazer um impacto positivo na província, particularmente no que se refere ao aumento de postos de emprego e da procura de bens e serviços para satisfazer às necessidades das empresas.
“Temos aqui estudantes finalistas à procura de emprego e outros tentar fazer a devida formação para que se possam enquadrar no mercado que é cada vez mais exigente”, disse.
Com o desenvolvimento do sector mineiro, a província de Tete está a registar um grande aumento da procura de mão-de-obra qualificada, com o mercado a não responder a tal demanda.
“Há necessidade do reforço da oferta de mão-de-obra através da formação, particularmente nas áreas técnicas para que esse pessoal possa ser absorvido pelo sector mineiro”, disse.
Contrariamente ao sector mineiro sul-africano em que se usa mão-de-obra intensiva, no caso dos investimentos que estão a ser realizados em Tete privilegia-se a tecnologia, o que implica diminuição das oportunidades de emprego.