Em caso de falhanço de um acordo entre os dois
países, o assunto vai ao tribunal internacional de Justiça.
A presidente malawiana, Joyce Banda, deu três meses ao fórum dos antigos chefes de Estado da Sadc para ajudar na solução do conflito fronteiriço entre o Malawi e a Tanzania em torno do lago Niassa e avisou que, em caso de falhanço de um acordo entre os dois países, o assunto vai ao tribunal internacional de Justiça.
Banda disse ao antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, que já não há mais tempo a perder e declarou que a mediação da SADC deverá fechar o dossier até a 30 de Setembro.
Segundo a Rádio Moçambique, o ex-estadista moçambicano é o mediador-chefe da Sadc para a crise fronteiriça entre o Malawi e a Tanzania em torno do lago Niassa e, este domingo, esteve em Lilongwe, acompanhado do antigo estadista sul-africano, Thabo Mbeki, para informar a presidente Banda sobre o trabalho realizado pela mediação regional para a solução pacífica do diferendo.
A presidente malawiana disse que até à resolução definitiva do assunto, não aceita acordo interino sobre o lago Niassa.
Banda realçou que a questão do lago Niassa afecta todos os malawianos, independentemente da sua filiação partidária, daí que tenha convidado os mediadores para se informarem dos últimos desenvolvimentos em torno do assunto.
A estadista malawiana manifestou-se preocupada com governo da Tanzania que, recentemente, anunciar a intenção de colocar barcos de transporte de carga e de passageiros no lago Niassa, numa altura em que a disputa fronteiriça ainda não está resolvida.
Banda qualificou tais declarações como provocatórias, além de criarem um ambiente de medo entre os malawianos.
O PAÍS – 17.07.2013
NOTA:
Chissano nunca conseguiu resolver qualquer conflito. Será que desta conseguirá? Por aquilo que Moçambique vive, nem o AGP levou a bom termo.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE