Cientes do perigo de desaparecimento que correm, realidade que pode igualmente significar a perda de somas avultadas em dinheiro gastos no decurso dos processos burocráticos relacionados com a legalização, registo no boletim oficial, bem assim para a provisão de equipamentos, incluindo contratação de pessoal técnico, os representantes das micro-empresas de construção civil pedem a intervenção da governadora de Nampula, Cidália Chaúque, na solução do problema.
Segundo os micro-operadores do ramo de construção civil, apesar do volume de obras relacionadas com a reabilitação de infra-estruturas como estradas e pontes imóveis estar a crescer a nível do distrito de Meconta (atravessado pelos corredores ferroviário e rodoviário de Nacala), a contratação das suas empresas para a participação nas empreitadas, tem sido nula, pois que invariavelmente são excluídas.
Miguel António, membro de uma micro-empresa em Meconta, disse que não obstante o facto de as empreitadas adjudicadas às grandes empresas do ramo serem avaliadas em valores consideráveis, não são de tamanha complexidade que possa exigir um quadro técnico com formação de nível superior para a sua execução, o que torna claro que não há interesse em promover as pequenas instituições.
As micro-empresas do ramo de construção civil já deram provas da sua competência através de empreitadas de estabelecimentos escolares em diferentes distritos, feitas à base de material de baixo custo, nomeadamente tijolo queimado e telha, cuja produção contou com o envolvimento dos seus técnicos.
A governadora Cidália Chaúque ouviu as queixas. Porém, não se pronunciou com profundidade, prometendo, todavia, uma acção do Governo, na análise sobre o futuro das micro-empresas do ramo de construção civil na província.