O ex-ministro do Trabalho, Guilherme Luís Mavila, aufere actualmente, pelo menos quatro salários em igual número de instituições do Estado e ou tuteladas.
Mensalmente, este cidadão encaixa um salário e mais três que serviriam para três cidadãos nacionais, num País mergulhado no desemprego e na pobreza absoluta que o PR Armando Guebuza prometeu minimizar mas continua a ir de mal a pior.
Guilherme Luís Mavila ocupou a pasta do Trabalho até o ano de 2000, ano em que foi exonerado a 17 de Janeiro de 2000. Por isso aufere ainda salário como ex-ministro.
Nos seus empregos actuais, Mavila aufere salários no Conselho Nacional de Electricidade (CNELEC), como presidente da instituição; No Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), como Regulador de Telecomunicações, e no Silos e Terminal Graneleiro da Matola (STEMA) – como presidente do Conselho Fiscal.
Assim, num só mês entram na conta de Mavila pelo menos quatro salários pagos pelo mesmo Estado.
Segundo apurou o Canalmoz, no CNELEC, Mavila aufere, como presidente, cerca de USD 6 mil mês (180 mil meticais). O CNELEC é uma entidade de direito Público criada pela Lei 21/97 de 1 de Outubro, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira, tutelada pelo ministro da Energia.
No INCM, Autoridade Reguladora dos Sectores Postal e de Telecomunicações – que tem, por finalidade, a regulação e fiscalização dos Sectores Postal e de Telecomunicações, bem como a gestão do espectro de frequências radioeléctricas, Mavila ganha por mês cer- ca de USD 7 mil, como regulador.
Mavila é igualmente Presidente do Conselho Fiscal de STEMA – uma instituição participada pelo Estado de Moçambique, através do IGEPE - Instituto de Gestão de Participações do Estado virada para a prestação de serviços para o aprovisionamento e para uma gestão de stocks de cereais, redução das quebras e racionalização dos custos de manuseamento e armazenagem de cereais, receber, armazenar e distribuir cereais por via marítima ferroviária e rodoviária…
Este é dos muitos casos de cidadãos moçambicanos ligados ao partido Frelimo, no poder, que vivem acumulando empregos e salários enquanto outros milhões de moçambicanos vivem no limiar da pobreza absoluta. (André Mulungo)
CANALMOZ – 17.07.2013