Na conversa com Baloi, Patriota agradeceu o apoio de Moçambique à eleição do director-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador brasileiro Roberto Azevedo. Patriota aproveitou para reiterar que Moçambique conta com o apoio brasileiro para integrar o Conselho da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
“Queremos ser um parceiro fraterno nesse esforço de desenvolvimento de um país que encontrou o caminho da paz e democracia, do crescimento económico, mas, como sabemos, ainda há muito por fazer”, disse Patriota a jornalistas, acrescentando que, “assim como resta muito por fazer no Brasil, consideramos que, juntando os esforços, conseguiremos fazer mais e melhor”.
O Ministro Oldemiro Baloi disse, na ocasião, que os dois países mantiveram uma conversa fraternal, franca e aberta. “Temos o Brasil presente no domínio do investimento de uma forma pujante e em projectos estruturantes para o país, no domínio da energia, recursos minerais, para além de sectores como educação e saúde”, disse.
O Titular da pasta das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota está em Maputo para a 18ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A comunidade é formada por Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, além do Timor Leste. Os respectivos representantes debaterão o tema: Os Novos Paradigmas e o Futuro da CPLP na Era da Globalização.
Também devem ser discutidas as perspectivas de fortalecimento da comunidade de língua portuguesa, a evolução da situação política e institucional na Guiné-Bissau – que teve um golpe de Estado em 2012 e se prepara para eleições presidenciais em novembro deste ano. Os ministros vão tratar ainda dos preparativos para a 2ª Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, além de temas de segurança alimentar e nutricional.
Nos 17 anos de existência, a CPLP intensificou a articulação política entre os países do bloco, o que resultou em acções concretas de cooperação em áreas como saúde pública, agricultura e formação profissional. O fluxo comercial do Brasil com os países da CPLP cresceu mais de cinco vezes de 1996 a 2012, passando de US$ 740 milhões para US$ 4 bilhões.