Alberto Vaquina, distanciava-se, assim, de uma pretensão manifestada por um grupo de munícipes que querem ver um cidadão que responde pelo nome de Saíde Amur, ser indicado pelo Governo como futuro presidente do município da Ilha de Moçambique.
O país acolhe, a 20 de Novembro, as quartas eleições municipais, momento que, de acordo com Alberto Vaquina, constitui altura soberana para os cidadãos com idade eleitoral activa, e que se recensearam no censo terminado esta semana, exercerem o seu direito de eleger e serem eleitos.
Alias, o Primeiro-Ministro, ressalvou que para as pessoas serem votadas nas eleições, devem ser, em primeiro lugar, indicadas pelos respectivos partidos políticos ou de forma independente, não cabendo essa responsabilidade ao Governo ou seus membros.
“Esse assunto que me colocam, devem fazer ao partido que pertence tal pessoa se é que está filiado em algum. Não é tarefa do Primeiro-Ministro escolher ou indicar quem quer que seja para presidente do município. E para que seja eleito todos devem depositar o seu voto para aquele que consideram ser a melhor pessoa para governar o município”, vincou durante o comício que orientou na Ilha de Moçambique.
Refira-se que à sua chegada a este município, o Primeiro-Ministro foi confrontado com um grupo de indivíduos, maioritariamente jovens que professam a religião muçulmana, a avaliar pela indumentária, com a ideia de fazer indicar o sheik Saíde Amur para candidato do partido Frelimo para a presidência da autarquia da Ilha de Moçambique.
Num outro desenvolvimento, Vaquina mostrou-se visivelmente satisfeito por saber que a Ilha de Moçambique ultrapassou as metas previstas do recenseamento eleitoral que terminou há dias.
Dirigindo-se aos presentes no encontro, o governante destacou a Educação e a Saúde como chaves importantes para melhorar a vida dos ilhéus que, nalguns casos e por força de hábitos tradicionais, relegam a escola formal e assistência sanitária pública para segundo plano.
“A chave para o nosso desenvolvimento, para combatermos a pobreza, para reduzirmos o sofrimento, as doenças é a escola e por isso se pretendemos que a nossa ilha possa ter uma vida verdadeiramente melhor é preciso que as crianças frequentem as escolas, tanto os rapazes como raparigas independentemente das suas obrigações religiosas”, anotou o Primeiro-Ministro.
Durante a escala à Ilha de Moçambique, Alberto Vaquina orientou uma sessão extraordinária do Governo do distrito, alargada aos membros do Conselho Consultivo Distrital e outros quadros àquele nível.