Conselho Nacional da Juventude:
“Um dos grandes atropelos à vontade da juventude moçambicana foi a homenagem feita ao chefe de Estado. Isto é uma contradição. Neste momento é o presidente mais contestado que o País já teve” – representante do MDM no encontro da Juventude, Renato Muelenga.
A Liga da Juventude do MDM, que participou no terceiro encontro da juventude realizado recentemente na Zambézia, convocou a Imprensa, nesta terça-feira, para dizer que não reconhece a “Declaração de Rapale”, que saiu do encontro.
Os do partido da oposição não reconhecem a declaração saída de Rapale por não terem a oportunidade de participar em todos os fóruns de debate das diversas teses do encontro, avançam ainda que a escolha dos participantes não ter sido de forma representativa e a mesma foi feita com base em cores partidárias.
“Dos 500 jovens presentes no encontro da juventude, ao MDM só foi permitido enviar três delegados e os mesmos não conseguiram participar no debate de todas as questões que diariamente eram discutidas em quatro grupos. Ficávamos sempre os três no mesmo grupo e isso limitou--nos”, revelou Renato Muelenga, da Liga da Juventude do MDM.
Muelenga avançou ainda que a homenagem feita ao chefe de Estado, no primeiro dia de encontro, surpreendeu a muitos jovens presentes na sala por não terem sido informados que tal iria acontecer.
“Como membros do CNJ não fomos informados que haveria uma homenagem ao presidente, mas se tivéssemos que dar o nosso parecer teríamos recusado, porque aquilo foi uma grande contradição, um presidente é homenageado pelos seus feitos extraordinários e neste momento o que temos é um presidente mais contestado”, explicou Renato Muelenga. (Eugénio Bapiro)
CANALMOZ – 28.08.2013