Segundo inquérito da Afrobarómetro
• A pobreza incide mais sobre a província de Maputo, seguida pelas províncias da Zambézia, Manica, Gaza, Cabo Delgado e Nampula
O inquérito da Afrobarómetro, uma Organização Não-Governamental estrangeira, realizado nos finais do ano passado e divulgado este mês, revela que os moçambicanos estão mais desprovidos não só de rendimento em dinheiro, mas também de remédios ou assistência médica e alimentos.
Intitulado “Perspectiva Multidimensional da Experiência da Pobreza em Moçambique, 2002 a 2012”, o documento refere que os resultados do inquérito de opinião pública da Afrobarómetro de Novembro-Dezembro de 2012 mostram que durante o ano anterior “mais da metade (53 por cento) dos respondentes ou alguém da sua família ficou sem alimentos suficientes para comer”, dos quais 18 por cento ficaram sem alimentos “uma ou duas vezes”, 19 por cento “algumas vezes”, 12 por cento “muitas vezes” e 4 por cento “sempre”.
Quer dizer, apenas 47 por cento nunca ficaram sem alimentos suficientes para comer.
Segundo o inquérito, os que responderam “nunca” correspondem aos “não pobres relativamente ao indicador da pobreza alimentar”. Todos os outros, isto é, aqueles que responderam positivamente, correspondem aos pobres (53 por cento).
“Comparando mudanças ao longo do tempo, desde o primeiro ao último inquérito, observam-se algumas variações. A pobreza alimentar reduziu em 2008, mas aumentou em 2012. A percentagem dos pobres desprovidos de alimentos reduziu de 2005 para 2008 de 57 por cento para 44 por cento, mas aumentou em 2012 para 53 por cento”, conclui o inquérito da Afrobarómetro.
50 POR CENTO FICARAM SEM ÁGUA SUFICIENTE
Relativamente à água, os resultados de 2012 revelam que cerca de metade (50 por cento) dos moçambicanos “ficou sem água potável suficiente para o consumo de casa”, dos quais uma percentagem significativa de 5 por cento “sempre” ficaram sem água potável para beber ou cozinhar. Cerca de 13 por cento ficaram “muitas vezes”, 18 por cento “algumas vezes” e 14 por cento “uma ou duas vezes” sem água potável. A outra metade (50 por cento) “nunca ficou privada de água potável em casa”.
A pobreza caracterizada pela ausência de água potável, de acordo com o inquérito, aumentou em 2005 (54 por cento), reduziu em 2008 (35 por cento) mas voltou a aumentar em 2012 (50 por cento).
O PAÍS – 29.08.2013
NOTA:
Para estes resultados o povo só tem que agradecer e louvar a FRELIMO! E continuar a votar nos mesmos…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE