Renamo já aceita abandonar a paridade e dá maioria representativa à Frelimo
- Esta manhã, uma vez mais, as duas delegações voltam a reunir-se em sessão
extraordinária no Centro de Conferencias Joaquim Chissano e a Renamo vai tentar “oferecer a boa nova” ao partido no poder
Uma vez mais, a delegação governamental, chefiada pelo membro da Comissão Política da Frelimo e ministro da agricultura, José Pacheco, e a delegação da Renamo, chefiada pelo jurista e deputado, Saimone Macuiana, voltam a reunir-se esta manhã no Centro Internacional de Conferenciais Joaquim Chissano. No encontro, a delegação da Renamo vai insistir na necessidade de ter espaço para apresentar e discutir as novas propostas da composição dos órgãos eleitorais, tudo no sentido de se alcançar uma saída para se ultrapassar o impasse negocial que dura há 17 rondas consecutivas.
A nova proposta a ser apresentada pela delegação da Renamo não corresponde nem a paridade apresentada por este partido e negada pela Frelimo e nem da proporcionalidade parlamentar apresentada pela Frelimo e negada pela Renamo.
É um meio termo que a Renamo recebeu dos facilitadores nacionais compostos pelo Observatório Eleitoral, pelo grupo de mediação composto por Dom Dinis e Lourenço do Rosário e ainda por outras organizações da Sociedade Civil.
As referidas propostas, segundo soubemos, indicam a composição partidária no Secretariado Técnico de Administração Eleitoral e na Comissão Nacional de Eleições na ordem de 50 por cento para a Frelimo e os restantes 50 por cento subdivididos entre a Renamo e outra formação partidária com representação parlamentar. Na actual realidade, os restantes 50 por cento da representação nos órgãos de administração eleitoral seriam subdivididos entre a Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique.
A Renamo quis, na última sessão do diálogo político (esta segunda-feira), apresentar estas propostas mas a delegação chefiada por José pacheco, nem sequer quis ouvir.
Aliás, Pacheco já por várias vezes repetiu publicamente que o primeiro ponto do diálogo político está, para o governo, encerrado apesar de haver abertura para a recepção de sub pontos e propostas pontuais em relação a este que constitui o ponto 1 do diálogo politico (legislação eleitoral).
MEDIAFAX – 26.09.2013