A China terá no próximo ano 100 milhões de turistas a viajar pelo mundo, disse quinta-feira em Macau Wang Ping, presidente da Câmara do Turismo da China, destacando os números e a importância dos visitantes do país. Ao intervir na conferência de imprensa de encerramento do Fórum de Economia de Turismo Global, que decorreu entre quarta-feira e hoje na Região Administrativa Especial de Macau, Wang Ping sublinhou que a China "tem investido muito" no mercado do turismo "melhorando as suas instalações" fruto de uma aprendizagem também feita no exterior.
Wang Ping lembrou, a propósito, que os turistas chineses são "conhecidos e reconhecidos" como aqueles que mais dinheiro gastam nos locais que visitam.
Por outro lado, acrescentou, há que reforçar a cooperação e a interligação regional potenciando as vantagens e a experiência de cada ponto de turismo. O desenvolvimento do mercado turístico da China terá, contudo e na opinião de Jean-Claude Baumgarten, presidente do Conselho Mundial de Turismo e Viagens, de ficar adstrito a um Ministério do setor. "Ter um Ministério do Turismo facilitaria, e muito, o desenvolvimento do turismo chinês e Macau pode servir de facilitador ajudando as províncias do continente na sua promoção internacional", considerou. Por sua vez, Pansy Ho, secretária-geral do fórum, salientou a troca de experiências no encontro, de deixarem propostas e soluções para os problemas, numa partilha franca que faz do fórum de turismo um espaço especial no desenvolvimento da indústria a nível global. "Queremos continuar a crescer, a tornarmo-nos mais internacionais e mais fortes na cooperação entre todos os pontos do globo porque o setor do turismo tem um grande potencial de crescimento", assinalou. Pansy Ho, filha do magnata do jogo Stanley Ho, destacou ainda que além das experiências, a indústria do turismo deve também "partilhar o seu capital humano", promovendo assim o conhecimento que permite o desenvolvimento e defendeu Macau como uma "plataforma de excelência" para a realização de eventos globais capazes de promover o desenvolvimento.
"Temos de ser mais diversificados, atraentes para potenciar a nossa competitividade e nos próximos dez anos temos de investir mais para melhorar este papel de plataforma e potenciar as ligações", nomeadamente com o Delta do Rio das Pérolas, concluiu.
Lusa – 20.09.2013