Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique
Cerimónias centrais, na Matola, marcadas por disputa política com militantes da Frelimo e do MDM a hastearem bandeiras para chamar atenção
Na Zambézia, Veríssimo e De Araújo abriram uma guerra de palavras. O governador não gostou de ouvir “que nenhum partido desencadeou a insurreição armada”
A presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, disse, ontem, que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) devem garantir a manutenção da paz no país.
Para a número dois na hierarquia do Estado, o ambiente de tensão política e de guerra é prejudicial ao desenvolvimento, à criação de empregos e atracção de investimentos.
Verónica Macamo substituiu o Chefe do Estado, Armando Guebuza, nas cerimónias centrais do dia das FADM, celebrado na Praça dos Heróis na Matola.
O evento foi marcado pela luta de protagonismo entre o partido Frelimo e o Movimento Democrático de Moçambique - MDM.
Militantes dos dois partidos hasteavam bandeiras das suas organizações - ver imagens -, entoando cânticos para chamar a atenção dos participantes.
Há relatos de pancadarias entre simpatizantes dos dois partidos pouco depois da deposição de coroa de flores. O cenário de luta política aconteceu aos olhos de várias personalidades, entre os quais o primeiro-ministro, Alberto Vaquina, ministro das Finanças, Manuel Chang, ministro da Energia, Salvador Namburete. Históricos da Frelimo também participaram na cerimónia, destacando-se o veterano de luta de libertação nacional Marcelino dos Santos e o antigo primeiro-ministro Pascoal Mocumbi. Da oposição, estiveram presentes na cerimónia os candidatos do MDM aos municípios da Matola e de Maputo, Silvério Ronguane e Venâncio Mondlane, respectivamente.
O PAÍS – 26.09.2013