A farma ZZ2, uma empresa sul-africana de ramo agrícola,
mostrou-se preocupada em relação a certos aspectos comportamentais de alguns
trabalhadores por si recrutados em Moçambique.
A inquietação resulta do facto de os trabalhadores, frequentemente, abandonarem
a empresa, não obstante as facilidades que lhes são concedidas para a sua
legalização contratual.
Com efeito, estes, mal celebram os contratos com a farma, ficam legalizados na
África do Sul, com o visto de trabalho garantido, mas, estranhamente, abandonam
a empresa e empregam-se noutros ramos de actividade ou regiões.
Outros trabalhadores, logo que recebem os primeiros salários, fazem compras
daquilo que acham prioritário e regressam a Moçambique, sem cumprir com os
contratos, diz um comunicado de Imprensa do Ministério moçambicano do Trabalho
recebido pela AIM.
O documento diz ainda que cerca de 300 trabalhadores moçambicanos acabam de renovar os seus contratos com a mesma farma e, com esta legalização, conta com 1.340 moçambicanos, de um total de 7.950 trabalhadores da empresa, de várias nacionalidades.
Antes da visita que a ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, efectuou à empresa em 2010, esta contava com 900 moçambicanos.
Segundo a fonte, nos últimos tempos, tem-se notado um aumento de trabalhadores nacionais naquela firma, resultado da visita que a Ministra efectuou.
A visita resultou num Memorando de Entendimento entre o MITRAB e aquela cadeia agrícola sul-africana que é uma das maiores do mundo.
O Memorando traçou como objectivo o recrutamento de mais trabalhadores moçambicanos, considerados localmente como sendo mais produtivos e empenhados no cumprimento de metas.
O processo levado a cabo pela respectiva empresa, em coordenação com a Delegação do Ministério do Trabalho de Moçambique na África do Sul e com o Governo provincial de Gaza, decorreu de 17 a 19 de Setembro corrente, após um pedido às autoridades sul-africanas ter sido aceite, visando a legalização dos trabalhadores moçambicanos que se encontravam vinculados àquela empresa, cujos vistos se encontravam em situação de caducidade, afirma o comunicado.
A Nota diz ainda que até ao final do presente ano, a ZZ2 espera recrutar mais 250 moçambicanos.
Tudo na perspectiva de atingir o número de 2.000, em cumprimento da promessa feita à ministra Helena Taipo, refere o documento, acrescentando que a empresa tem uma licença válida por um período de cinco anos.
Acácio Chirrinzane
AIM – 21.09.2013