A União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) pretende mostrar que a lusofonia tem uma história comum para além da economia, a começar através de uma homenagem aos antigos Estudantes da Casa do Império. Há quatro meses na liderança da UCCLA, Vítor Ramalho quer pôr no centro da discussão a história dos povos, homenageando cerca de 120 antigos alunos das ex-colónias que terão ido estudar em Portugal nos anos 40 e 50 e que depois passaram a integrar os movimentos de libertação nacional, e tornaram-se políticos e escritores.
De acordo com o “site” Lusomonitor.net, o novo Secretário-geral da UCCLA “quer, sobretudo, recuperar uma memória, que existe apenas em alguns despertar, o que passa por manter vivo o projecto da lusofonia”.
Para tal, Vítor Ramalho pretende homenagear as personalidades que jogaram um papel preponderante na conquista da independência das ex-colónias portuguesas.
Apesar de ainda não ter sido avançada a data, a homenagem será realizada em Lisboa, onde funcionou a antiga Casa dos Estudantes do Império. A mesma deverá passar por reedições da revista “Mensagem” e das colectâneas de poesia que foram publicadas pela casa.
De acordo com a mesma fonte, será também realizado um colóquio que contará com a presença de algumas personalidades vivas que marcaram a época, como são os casos de Joaquim Chissano, Pepetela, Pedro Pires e Manuel Lima.
Para o efeito, o dirigente do UCCLA já iniciou a busca de apoios para a materialização dos objectivos, junto de dirigentes da CPLP, Instituto Camões e embaixadas dos países lusófonos.
Refira-se que a casa dos Estudantes do Império foi uma associação fundada em Lisboa em 1943 por cidadãos das ex-colónias que tinham sido enviados a Portugal para fazer formação superior. Era constituída por secções autónomas atinentes aos territórios ultramarinos (Moçambique, Cabo Verde e Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Estado da Índia, Macau e Timor), tendo sido criadas delegações no Porto e em Coimbra.
NOTÍCIAS – 16.09.2013