-- “Eu sou
a mãe da criança mas não deito nenhuma lágrima e apelo a todas as mães de
Moçambique para que façam greve contra o estado, contra o governo” -Kulssum
Ismael, mãe do menor
-- "Ele (Guebuza) diz que está a desenvolver Moçambique. Ele esta e a
destruir Moçambique"
-“Os sequestradores estavam aqui na Ponta-géa. (...) identificamos o local, mas
a policia não conseguiu neutraliza-los”
-"O mal foi termos informado 'a policia. (...) os bandidos ligaram-nos a
dizer que já sabiam do nosso contacto com as autoridades e acabaram por
assassinar a criança”
-"O negócio já estava fechado, para ir deixar esse um milhão de meticais.
Logo os raptores nos disseram que vocês meteram a policia no meio.”
O menor sequestrado na ultima terça-feira na cidade da Beira foi barbaramente
assassinada pelos raptores e o seu corpo atirado na “curva da morte” a
sensivelmente três quilómetros da cidade do Dondo, que dista a cerca de 30
quilómetros da cidade da Beira.
A Criança, cujo nome não conseguimos apurar, de 13 anos de idade e estudante da escola da AMS nesta cidade, inicialmente foi dada como desaparecida e comunicada a ocorrência ás autoridades policiais, na ultima Terça-feira. Sobre as circunstancias em que isso aconteceu não existem testemunhos.
Já no dia seguinte, na Quarta-feira, os raptores entraram em contacto com os pais do menor exigindo um resgate “de um milhão de dólares. Nós não dispúnhamos desse valor. Então eles baixaram para dez milhões. Mesmo esse valor era incalcinável para nós. Depois baixaram para cinco milhões. Acabamos por penhorar os nossos bens para conseguir um milhão de meticais que eles aceitaram” –disse Kulssum Ismael, a mãe da criança ao Magazine. - CRV.
Kulsum Ismael condenou veementemente as autoridades polícias como o próprio governo por nada fazerem para estancar este mal.
“No tempo de Samora não acontecia isso. No tempo de Chissano não acontecia isso, só agora no tempo de Guebuza que está acontecer isto.”
Por outro lado achou estranheza pelo facto de mesmo depois de ter fornecidos elementos ‘a policia, sobre o suposto local do cativeiro do seu filho, a policia não ter logrado fazer algo. Pelo contrario, disse, foi a partir daí, que se sentenciou a morte do seu filho.
“Os sequestradores não estavam longe. Estavam aqui na Ponta-géa. Eu, com os meus trabalhadores, movimenta-mo-nos e conseguimos identificar, mais ou menos, o local. Mas a polícia não conseguiu neutraliza-los.” –desabafou Kulssum.
Sobre quando teriam feito essa comunicação ‘a policia, Kulssum respondeu que “foi numa noite quando o negócio já estava feito entre nós e os sequestradores, apesar de que eles já nos teriam advertido, ameaçado-nos, para que não envolvêssemos a policia. Portanto, o mal foi termos informado ás autoridades. Logo que a chefe das operações da Pic teve a informação, os bandidos ligaram-nos a dizer que já sabiam do nosso contacto com as autoridades e acabaram por assassinar a criança.”
Entretanto, circulavam rumores na cidade, dando conta que já havia sido pago um resgate mas mesmo assim o menor não fora libertado. Colocamos a questão ‘a mãe do menor, que confirmou nos confirmou nos seguintes termos: “ Sim, foram cem mil meticais. Mas eles disseram que foram burlados. Que não teriam sido eles que pediram esse valor, que alguém que se teria aproveitado da situação. Mas foram eles mesmo.”
Amanha, Terça-feira, faria uma semana em que os raptores estavam com o menor e quisemos saber de Kullsum, quando teria acontecido o ultimo contacto com os raptores?
“Foi no Sábado e foi nesse dia que a policia foi informada da situação e lhes passada a informação de que os sequestradores estariam algures no Bairro da Ponta-géa. O negócio já estava fechado, para ir deixar esse um milhão de meticais. Logo os raptores nos disseram que vocês meteram a policia no meio.”
Quanto ao assassinato da criança, o mesmo apresente requintes bárbaros. Teria sido amordaçado, queimado e inclusive a amputação de partes do corpo, conforme os Videos que circulam.
Veja os 2 vídeos anexos
- Download VID-20131028-WA0010
-
Download VID-20131029-WA0000