Ontem em Caramaja, distrito de Rapale
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) foram chamadas ontem a intervir para dispersar um grupo de membros e simpatizantes da Renamo que, desde a tomada de Santungira (em Sofala), se encontravam acampados na antiga base situada na região de Caramaja, no distrito de Nampula-Rapale.
Segundo o porta-voz do governo de Nampula-Rapale, Abílio Abuque, a presença dos homens da Renamo, estava a criar um clima de medo no seio das populações locais, tendo, inclusivamente, originado uma debandada massiva de camponeses baseados naquela região (potencialmente agrícola) para a vila sede do distrito e cidade capital provincial.
O comando provincial da Polícia da República, através do respectivo portavoz, Miguel Bartolomeu, confirma o registo de alguns disparos mas negou que se tivesse tratado de uma ofensiva militar.
A cidade de Nampula e o país inteiro acordaram com o boato de que a zona de Caramaja, na província de Nampula, havia sido alvo de um ataque perpetrado pelos homens armados da Renamo, o que, naturalmente, desencadeou um clima de tensão.
Muitas foram as pessoas que naquela região haviam programado viagens para ontem e foram forçadas a alterar porque a informação que circulava não era suficientemente esclarecedora e até alguns transportadores de passageiros e carga desistiram das viagens habituais ou saíram mais tarde.
A margem do contacto de ontem com o porta voz da PRM, ficamos a saber que o delegado político da Renamo ao nível da cidade, identificado pelo nome de Pinoca Luxo, foi intimado para prestar colaboração às autoridades, ajudando no esclarecimento da ausência inexplicada dos homens armados que guardavam a residência do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, na rua das Flores (na cidade de Nampula).
WAMPHULA FAX – 30.10.2013