As forças armadas de defesa e segurança ocuparam
efectivamente ao princípio da tarde hoje a residência de Afonso Dhlakama, líder
da Renamo, nas matas de Satungira, na serra de Gorongonsa, distrito do mesmo
nome, onde se encontrava baseado desde Outubro de 2012.
A ocupação do bastião de Satungira, segundo Cristóvão Chume, director nacional
da Política de Defesa, surge na sequência da resposta a mais um ataque
perpetrado pelos guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição no país contra
as forças de defesa e segurança.
Chume, que falava em conferência de imprensa havida na tarde de hoje em Maputo,
disse que as forças incumbidas de garantir a ordem naquela área foram novamente
alvos de um ataque engendrado pelos guerrilheiros da Renamo, a semelhança do
que aconteceu em diversas ocasiões durante o ano em curso.
A fonte apontou, a título de exemplo, que os guerrilheiros da Renamo atacaram
noutras ocasiões uma esquadra policial em Muxúnguè, atacaram o paiol de Savane
e uma posição militar, nalgumas vezes as colunas militares bem como os recentes
episódios registados que demostram essa atitude dos guerrilheiros da Renamo.
Na provocação feita ao fim da manhã de hoje, por volta do meio-dia, pelos guerrilheiros da Renamo, as forças de defesa e segurança contra-atacaram enérgica e veementemente e os guerrilheiros da Renamo refugiaram-se no local onde se encontrava o seu líder.
No entanto, dada a necessidade de deter os responsáveis pelo ataque, as forças de defesa e segurança perseguiram os homens da Renamo até ao local donde tinham saído, isto é, o local onde estava Afonso Dhlakama.
As forças armadas, em conjunto com outras forças de defesa, ocuparam, na sequência disso, Satungira, afirmou Chume, acrescentando que não houve registo de baixas nas forças muito menos entre as populações residentes no local.
O coronel escusou-se de pronunciar-se sobre as baixas sofridas pela Renamo muito menos o paradeiro do seu líder (Afonso Dhlakama), mas quando as forças de defesa e segurança encetaram a perseguição aos provocadores, ele e os acólitos puseram-se em fuga.
A preocupação agora, segundo o coronel, é restaurar a normalidade na vida das populações residentes no local e, para o efeito, lançou um apelo à calma, tranquilidade e muita serenidade em relação aos diversos pronunciamentos que possam surgir na sequência da situação.
Cristóvão Chume disse reiteradamente que o país não está em guerra e está ciente de a ocupação do baluarte de Satungira poderá desencadear uma vaga de retaliações, mas as forças armadas de defesa e segurança continuarão a desempenhar o seu papel na defesa da soberania e integridade territorial.
LE/
(AIM – 21.10.2013