O Presidente da República, Armando Guebuza, repudiou hoje na
localidade de Mucheve, distrito de Chibabava, os ataques que tem vindo a ser
levados a cabo pelos homens armados da Renamo contra as Forças de Defesa e
Segurança de Moçambique (FADM), que as obrigam responder em legítima defesa.
No comício havido naquele ponto do país, não muito distante de Mangunde, terra
natal de Afonso Dhlakama, o líder da Renamo, Guebuza indicou que há algum tempo
para cá, os homens da Renamo quando encontram militares das FADM disparam,
forçando que estes respondam em legítima defesa.
Segundo Guebuza, que hoje trabalhou em Chibabava, depois de ter estado
Segunda-feira na cidade da Beira, capital de Sofala, em Presidência Aberta e
Inclusiva a esta província central, o momento é impróprio para inimizades
porque quem sai a perder com isto tudo é o povo moçambicano.
Apesar destas provocações e porque a preocupação é tal qual a do povo, que é a preservação da paz, continuaremos a procurar resolver os problemas, dialogando.
Apelando vigorosamente as populações para que também façam a sua parte, a partir dos locais onde vivem, em prol da paz, Guebuza reiterou que este não é o momento de se procurar quem tem ou não razão. Se alguém se acha com razão que a traga à mesa do dialogo.
No comício realizado numa região que outrora foi de grande influência da Renamo, a população disse, repetidamente, que queremos paz porque sem ela ninguém realiza as suas aspirações, muito menos preservar o que já foi feito.
Micas Moiane, residente de Chibabava, disse que nos já não queremos mais guerra, aqui onde nos encontramos e em todo o país.
O mesmo cidadão pediu ainda para que não haja mais do que um exército no país, em clara referência a Renamo que teima em manter homens armados supostamente para a segurança do seu líder, mas que, na realidade, tem vindo a provocar instabilidade no país, atacando e matando civis e militares, para além de roubar material bélico, tal como aconteceu na madrugada de hoje no Comando Distrital da Polícia em Maringue, também na província de Sofala.
MZ/le
AIM – 22.10.2013