O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido, reagiu hoje com "muita angústia" ao agravamento da tensão política no país, apelando ao Governo e à Renamo para que encetem "um diálogo construtivo".
Moçambique vive a pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 1992, depois de o exército ter ocupado a residência de Afonso Dhlakama, líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), numa antiga base militar do movimento, obrigando-o a fugir para parte incerta.
Em declarações à Lusa, o chefe da bancada do MDM, Lutero Simango, afirmou que o seu partido reage com "muita angústia" ao recrudescimento da tensão política em Moçambique, tendo exortado o Governo e a Renamo para pautarem por um diálogo construtivo.
"Acompanhamos com muita angústia e muita preocupação os últimos desenvolvimentos, porque, como sempre dissemos, a violência gera violência e os moçambicanos não podem ser submetidos a mais uma guerra civil", afirmou Lutero Simango, lembrando os 16 anos de conflito armada que o país atravessou até 1992.
Face à gravidade da situação, assinalou o chefe da bancada do MDM e irmão do presidente do partido, Daviz Simango, o Governo e a Renamo devem empreender um diálogo construtivo para o alcance de uma paz efectiva no país.
"Precisamos de uma paz efectiva, do respeito pelas liberdades individuais, para que de forma individual e colectiva, possamos ajudar ao desenvolvimento do país", realçou Lutero Simango.
Lusa – 22.10.2013