Ao anunciar o fim do Acordo Geral de Paz de 1992, a RENAMO mostra estar pronta para um confronto armado contra o Governo da FRELIMO. O analista alemão Rainer Tump explica o crescente clima de tensão entre os partidos.
Durante a guerra civil em Moçambique, o chamado "Tete-Run", o Corredor de Tete, entre o Malawi e o porto da Beira tornou-se lendário. Esta estrada era tida como extremamente perigosa, pois os rebeldes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) atacavam com frequência os automóveis e camiões que por lá passavam.
Agora, após 21 anos de paz, o perigo pode voltar às estradas. Isto porque a RENAMO pôs fim ao Acordo Geral de Paz que assinou com o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) em 1992.
Ouça aqui
Agudizaram-se as tensões entre Governo da FRELIMO e
RENAMO
Nos últimos meses, agudizaram-se as tensões entre o maior partido da oposição moçambicana e o executivo da FRELIMO. Segundo o conselheiro alemão em assuntos de desenvolvimento, Rainer Tump, "nos últimos anos, a RENAMO tem vindo a pôr-se cada vez mais na defensiva, porque não conseguiu ser bem sucedida nem em eleições nacionais, nem em eleições autárquicas. Foi sobretudo por isso que o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, se retirou", reitera o analista.
Recent Comments