No posto administrativo de Choa
“Não haverá nenhum desenvolvimento sem que haja paz interna aos governantes e no seio dos moçambicanos”- diz régulo do posto administrativo de Choa, Saimon Itai Massanduza, em plena presidência aberta e inclusiva do chefe de Estado
A população do posto administrativo de Choa, distrito de Báruè, província de Manica, questionou ao presidente da República, durante um comício, o tipo de paz que vivemos com acontecimentos claros de retorno à guerra.
Segundo o régulo do posto administrativo de Choa, Saimon Itai Massanduza, que falava emnome da população local, “não se pode agora pensar em investir, construir, sem que os que dirigem o País tenham a vontade de construi-lo para um futuro melhor para todos os moçambicanos”.
O régulo Massanduza acredita que falta interesse para se resolver a actual situação de tensão. “Hoje, corremos para investir para crescer e desenvolver Moçambique, mais esquecemos que para além deste investimento, são tropas, mortes diárias de civis, viaturas e bens das populações incendiadas e roubadas nas nossas estradas, e por último afirmamos que estamos a crescer em Moçambique, até que ponto este crescimento se efectiva?”, perguntou o régulo.
Por seu turno, Losse Amisse, afirmou que “não há desenvolvimento sem paz, tendo solicitado ao chefe de Estado para dialogar com o líder da Renamo no sentido de pôr fim a instabilidade política militar que se vive em Moçambique. “Se bem que nos lembramos, o senhor Guebuza foi um dos negociadores da Paz, em 1992, e esteve em Roma nas assinaturas deste acordo, o que lá tratarampara que hoje se pague com vidas humanas? Porque não use os mesmos trunfos anteriores para manter esta Paz conquistada pelo sacrifício do povo moçambicano?”, questionou.
Para além da necessidade de diálogo para a manutenção da paz, a população de Báruè apresentou ao Presidente da República preocupações relativas ao melhoramento das vias de acesso, abastecimentode água potável, energia eléctrica, construção de uma escola secundária, de unidades sanitárias nas duas sedes de localidades e afectação de uma ambulância ao Centro de Saúde da Serra-Choa.
Entretanto, o presidente da República, Armando Guebuza, respondeu aos presentes de que nada se faz sem vontade do outro lado, “temos que lutar para manter a Paz”.(José Jeco)
CANALMOZ – 30.10.2013