REAGINDO à crise político-militar que se vive na região central do país, o Governo do Zimbabwe, através do vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Christopher Mutsvangwa, disse que não vai tolerar o retorno à guerra em Moçambique.
Mutsvangwa, citado quarta-feira pela BBC, disse ainda que a Renamo deve voltar a participar no processo político moçambicano e “não ameaçar a estabilidade regional”.
“O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, não deve ‘nunca, nunca’ retornar à violência”, enfatizou o governante zimbabweano.
“A África Austral não vai tolerar isso. Nós simplesmente não precisamos disso nesta região, neste momento”, acrescentou Christopher Mutsvangwa.
Acrescentou que a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) consideraria enviar tropas para ajudar o Governo moçambicano se a situação de segurança se deteriorar.
“Vai ser um erro a Renamo trazer instabilidade e o Zimbabwe espera para ver”, disse ainda.
A Renamo, segundo o seu porta-voz, Fernando Mazanga, denunciou na segunda-feira o acordo de paz, após a base do seu líder, Afonso Dhlakama, ter sido atacada e tomada pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Não se sabe do paradeiro do líder daquele ex-movimento da guerrilha.
Pouco tempo depois, o Governo confirmou o ataque naquela base.
Em declarações aos jornalistas, o director nacional de Política de Defesa no Ministério da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, disse que as forças governamentais posicionadas na zona de Santujira “foram atacadas pelos guerrilheiros da Renamo”, pelo que houve uma resposta.
NOTÍCIAS – 25.10.2013