O TRIBUNAL Eleitoral Especial (TEE) de Madagáscar confirmou ontem Robinson Jean Louis e Hery Rajaonarimampianina, como candidatos a disputa da segunda volta da eleição presidencial na ilha prevista para dia 20 de Dezembro próximo.
O presidente do TEE, François Rakotozafy, segundo a agência estatal portuguesa, Lusa, denunciou infracções na primeira volta das presidenciais em Madagáscar, a 25 de Outubro último, cometidas por partidários de Hery Rajaonarimampianina, candidato do poder, mas que “não influenciaram o resultado de modo significativo”.
O tribunal disse que lhe chegaram “provas do uso de poderes e bens públicos para fins de propaganda eleitoral a favor do candidato Hery Rajaonarimampianina”.
Entre as infracções, estão a utilização de material da televisão nacional para comícios, bem como a determinação de que funcionários e jornalistas neles participassem.
Testemunhas denunciaram ainda pressões sobre agentes do Estado para participarem numa reunião eleitoral com o referido candidato e apelos ao voto em Rajaonarimampianina sob ameaça de sanções.
Em consequência, o TEE descontou 5774 votos a Hery Rajaonarimampianina, que passou a ter 15,85 por cento dos votos na primeira volta, contra os 15,93 por cento anunciados antes pela comissão eleitoral. O seu adversário, Robinson Jean Louis, candidato do antigo presidente Marc Ravalomanana, ficou assim com 21,16 por cento, em vez de 21,10 por cento.
As eleições presidenciais representam o primeiro passo para Madagáscar sair da grave crise política, económica e social em que mergulhou desde que Ravalomanana foi derrubado pelo actual Presidente de transição Andry Rajoelina há quatro anos.
NOTÍCIAS – 23.11.2013