Mais uma tentativa de diálogo entre o Governo e a Renamo resultou num falhanço
A Renamo não compareceu, ontem, no local do diálogo e o Governo reiterou que aceita observadores nacionais, mas excluiu a possibilidade de participação de mediadores nacionais e observadores internacionais nas conversações.
A delegação do Governo dirigiu-se ao Centro de Conferências Joaquim Chissano, local onde se realizam as negociações, apesar de a Renamo já ter dito que não retorna sem facilitadores nacionais e observadores da SADC, União Africana e Europeia.
Porém, mais uma vez, o executivo não cedeu às exigências. “É nosso entendimento que são matérias domésticas, que podem ser tratadas, perfeitamente, por cidadãos moçambicanos. Não vemos a pertinência, neste estado das coisas, de trazer elementos estrangeiros para aquilo que nós moçambicanos, que temos amor próprio e sabemos o que queremos, podemos tratar”, disse José Pacheco, chefe da delegação do Governo.
O governante diz que a sua delegação concorda que Dom Dinis Sengulane e Lourenço de Rosário participem no diálogo, mas afirma que é necessário que as partes definam o papel de cada um desses intermediários. “Temos o interesse de juntos com a Renamo passarmos em revista aquilo que poderá ser o papel dos observadores nacionais no nosso diálogo”, reiterou Pacheco.
O PAÍS – 26.11.2013