A Organização das Nações Unidas (ONU) apelou segunda-feira a uma acção célere por parte do mundo inteiro para evitar um caos total, que pode levar a um genocídio na República Centro Africana (RCA).
A população naquele país está agora a enfrentar uma situação desesperada de segurança, disse ao Conselho de Segurança (CS) o vice-secretário geral da ONU, Jan Eliasson, endossando apelos para o envio de uma força de manutenção da paz para aquele país.
O CS está presentemente a discutir métodos para apoiar uma força africana de manutenção da paz e tentar restaurar a ordem no país, onde rebeldes derrubaram o presidente François Bozizé em Março último.
Desde então o governo perdeu o controlo do país, enquanto os antigos rebeldes atacam tanto organizações de cristãos e de muçulmanos que, por sua vez, se guerreiam mutuamente.
Alguns funcionários da ONU e governos de diferentes países já alertaram para um possível genocídio. Eliasson disse que a RCA está a tornar-se um terreno para a criação de extremistas e grupos armados na região, que já está em conflito.
Um país no coração de África está a resvalar para um completo caos na nossa presença, disse Eliasson aos 15 membros do CS. A situação requer uma pronta e decisiva acção.
A ONU sugeriu um possível apoio financeiro à força da União Africana (LA) no país, oficialmente conhecida como MISCA. O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon também disse que esta força de manutenção da paz pode tornar-se uma missão da ONU naquele país.
A força da UA tem 2.500 soldados no terreno, que deverão aumentar para 3.600 até finais do corrente ano. Mas peritos no assunto dizem que este efectivo é demasiado pequeno, e Ban Ki-moon diz que deviam ser, no mínimo, 9.000.
A França está à espera de uma resolução do CS para decidir sobre a criação de uma força da ONU em 2014.
Times Live/bm/sg
AIM – 26.11.2013