O governo moçambicano e a empresa Thai Moçambique Logística assinaram hoje, em Maputo, dois contratos de concessão para a construção do terminal portuário de Macuse, na província central da Zambézia e da linha-férrea que liga aquela região a bacia carbonífera de Moatize, na província central de Tete.
Rubricaram os acordos o Ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, em representação do governo moçambicano e Premchai Karnasuta, pela companhia Thai Moçambique Logística.
O valor total de ambas as obras está orçado em cinco biliões de dólares, com arranque previsto para 2016 e duração de cinco anos. A linha-férrea terá uma extensão de 525 quilómetros.
Estes projectos são de vital importância para responder a enorme demanda de transporte de carvão mineral em Moatize, actualmente escoado do porto da Beira, na província Central de Sofala.
Aliás, a linha férrea de Sena, que liga Moatize ao porto da Beira, possui apenas uma capacidade para transportar 6,5 milhões de toneladas por ano, numa altura em que as mineradoras projectam produzir cerca de 100 milhões de toneladas até 2025.
A Thai Moçambique Logística é uma sociedade constituída pelas empresas Italian Thai Development Company Limited que detém 60 por cento de acções, Empresas Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique com 20 por cento e igual numero para a companhia Corredor do Desenvolvimento Integrado da Zambézia.
Falando minutos após a assinatura do contrato, Muthisse disse que a construção de ambas as infra-estruturas demonstra a seriedade com que o Governo moçambicano encara a questão da logística do carvão.
Este é um projecto muito importante. Este projecto da linha-férrea e do porto de Macuse fica mais próximo das linhas de carvão de Tete, isso significa que tem um grande potencial de se estabelecer como uma das principais, senão a principal saída do carvão da província de Tete, disse Muthisse.
Segundo Muthisse, as obras vão complementar os esforços em curso nas linhas-férreas de Sena, Nacala e noutras ainda em projecção, tudo isso para fazer com que o carvão de Moçambique alcance os mercados internacionais da maneira mais competitiva possível. A logística do carvão é importante.
Prosseguindo, o Ministro manifestou a sua satisfação com a implementação dos projectos, porque os mesmos vão gerar emprego e receitas para os moçambicanos e o seu Governo.
A actividade de transportes é ela própria uma actividade económica com um peso muito grande na economia do nosso país.
Um dos maiores potenciais deste projecto é de a linha vir a ser mais barata e permitir tirar todo o tipo de carvão que se produz na linha de Tete.
Por seu turno, Premchai Karnasuta disse que o projecto vai ajudar transportar grandes qualidades de carvão para as regiões do mundo inteiro.
ht/sg
AIM – 14.12.2013