A ONU informou, no domingo, que grupos armados se aproximavam de uma cidade-chave do Sudão do Sul, após intensos confrontos com as forças governamentais.
Segundo a fonte, milícias fiéis ao ex-vice-presidente Riek Machar estariam a 50 quilómetros da estratégica cidade de Bor, capital do estado de Jonglei, de onde foram desalojadas ,na semana passada, pelas tropas governamentais.
Um relatório da missão de vigilância aérea da ONU, citado pela Panapress, refere que mais de mil pessoas morreram desde o início dos combates entre os dois grupos a 15 de Dezembro. As Nações Unidas calculam que 75 mil pessoas buscaram refúgio nas suas bases no Sudão do Sul.
O temor de um conflito ainda mais violento aumentou depois da divulgação de informações de que Machar estaria a reunir um exército de jovens na região de Bor.
A missão da ONU no Sudão do Sul monitora as informações sobre as movimentações das milícias de Machar, mas não consegue confirmar a sua dimensão ou localização.
No sábado, o governo do Sudão do Sul acusou o ex-vice-presidente de recrutar milhares de jovens para atacar as suas posições. “Riek Machar está a mobilizar jovens da etnia Lou Nuer, cerca de 25 mil, para utilizá-los como força de ataque ao Governo no estado de Jonglei”, disse à AFP, o porta-voz governamental, Michael Makuei. “Eles poderão atacar a qualquer momento. Estamos em alerta para proteger a população”, avisou.
Moses Ruai Lat, porta-voz de Riek Machar, rebateu a acusação, afirmando que o ex-vice-presidente “não está a mobilizar a sua tribo” e que os jovens em questão são soldados do Exército que decidiram se revoltar contra o Governo.
NOTÍCIAS – 31.12.2013