Segundo informações divulgadas pelo jornal brasileiro Estadão, citando Murilo Ferreira, presidente da Vale, a segunda maior mineradora mundial (depois da anglo-australiana Rio Tinto) o Corredor de Nacala, onde está a ser desenvolvimento um dos maiores projectos de infra-estrutura e logística para o escoamento do carvão está na lista dos activos a reduzir a sua participação.
Segundo a fonte, citada hoje pelo Mediafax, a intenção da mineradora é diminuir a sua actual participação de 70 por cento pela metade, mantendo, porém, o controle dos mesmos.
Um dos objectivos é mitigar os riscos daquele projecto e também diminuir a sua obrigação em investimentos de capital, indica a fonte.
Para além dos activos em Moçambique, a redução dos investimentos da Vale vai atingir outros países. Por exemplo, a companhia de logística VLI, a produtora de alumínio em Norsk Hydro e os activos de geração de energia também deverão entrar na lista de desinvestimentos que entra agora no terceiro ano consecutivo.
No global, a mineradora anunciou para o próximo ano uma redução de 9,2 por cento do volume de investimentos, comparativamente ao que tinha sido programado para 2013. Do valor previsto para o próximo ano, 65 por cento a 70 po cento do total será destinado para o Brasil e o resto, para outras partes do mundo.
O presidente daquela mineradora minimizou a redução dos investimentos programado para 2014, sustentando que o mesmo reflecte o maior foco da empresa em seus principais negócios, em detrimento dos considerados não estratégicos.
Quando eu comecei na Vale em Maio de 2011, disse que o foco da empresa era oferecer o melhor retorno para os accionistas. Portanto, não deveríamos ter tantos projectos e deveríamos focar em investimentos de classe mundial, de baixo custo e qualidade diferenciada de minério, destacou o presidente da Vale.
FF
AIM – 04.12.2013