À semelhança da redução da mancha florestal, em virtude do contrabando da madeira, de Moçambique para a China – com o envolvimento dos nossos líderes políticos –, a caça furtiva segue a mesma rota. De 2009 a 2013 foram abatidos 9.345 elefantes, quase metade dos 20.374 paquidermes que constituíam a espécie na altura. O drama é que tudo ocorre perante o olhar cúmplice de quem, por direito, além de criar, deve fazer cumprir a lei...
Das outras espécies, no seu todo, na Reserva Nacional do Niassa, em 2011, existiam 13.061 animais, uma quantidade que – no ano seguinte – reduziu para 12.029. No entanto, em 2009, a família de elefantes, com 20.274, um pico alcançado naquela reserva, era a mais alargada. Pensa-se que o fenómeno deve ter decorrido da fuga desses mamíferos de outras regiões do país e da região da África Austral à procura de segurança na província do Niassa. O drama, tomando em conta a legislação moçambicana a favor da protecção da fauna bravia, não tem explicação, é que, dois anos depois, em 2011, esta quantidade reduziu drasticamente.
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