GUERRILHEIROS DA RENAMO DERROTAM O EXERCITO GOVERNALMENTAL EM SATUNGIRA E SUBUÉ (MARINGUE)
* E inutilizam 4 veículos militares
Com intuito de desmantelar uma repentina movimentação de tropas governamentais que aparentemente pretendiam efectuar novas grandes operações activas nos principais bastiões da perdiz, os guerrilheiros da Renamo atacaram as tropas governamentais ontem, em Satungira e Vunduzi. Numa longa batalha que iniciou a meio da manha e terminou perto do meio-dia e envolveu o uso de canhões sem recuo b10 e os temíveis sistemas antiaéreos "zg-1" e "zu23" em ambas as partes, o exercito governamental não resistiu a pressão e foi derrotado e pôs-se em fuga, tendo as perdizes tomado de assalto e apreendido todas armas e metralharam três camionetas militares e um blindado que estavam estacionados na base. O blindado foi paralisado furando se as rodas com uma chuva de tiros, porque alguns militares tentaram fugir em alta velocidade. Na batalha de ontem 32 soldados governamentais morreram no local e vários outros cadáveres estão espalhados pelas matas porque na fuga desesperada alguns eram perseguidos e abatidos nas matas. No mesmo dia um grupo das Fadm que recuava do ataque a Satungira foi emboscado em Tazaronda, 10 km, sofrendo grandes baixas e foi disperso.
FRACASSO EM MARINGUE
Numa outra operação de grande envergadura realizada na ontem destinada a destruir a base avançada da Renamo em Subué, distrito de Maringue, as tropas governamentais fracassaram na sua tentativa de tomar o posto, tendo o seu avanço sido repelido por fogo devastador de sistemas automáticos de artilharia antiaérea e metralhadoras pesadas e foram varridos, sofrendo 21 baixas e mais de 40 feridos.
Alguns feridos, incluindo alguns vindos das bandas de Vunduzi, foram atendidos no hospital local e o restante, mais de 50 gravemente feridos, foram a Chimoio e Beira. Em Satungira e Vunduzi pode ter sido destroçado um batalhão inteiro (300
homens) desde o início da semana, entre mortos, feridos e desertores.
Por uma questão de ética, nós omitimos alguns detalhes sórdidos e minimizamos a catástrofe mas e de lamentar a insistência do governo neste derramamento inútil de sangue ao mesmo tempo que finge estar a negociar. Como sempre, deixamos sob a responsabilidade da imprensa estatal a divulgação dos "sucessos militares" do exército governamental. Aguardemos pelos próximos desenvolvimentos porque o governo ainda envia mais tropas para reforço.
Unay Cambuma