Este foi o último aperto de mão e riso oficial entre Manuel de Araújo, Presidente do Conselho Municipal de Quelimane e Joaquim Veríssimo, governador da Zambézia. O mesmo vem datado do dia 25 de Setembro de 2013 e de lá para cá, os dois andam em alta tensão. E como prova desta alta tensão, o governador da Zambézia, Joaquim Veríssimo, efectuou durante dois dias, portanto, quarta e quinta-feira, uma visita a cidade de Quelimane.
Só que nesta visita que Veríssimo efectuou, não teve a presença do edil de Quelimane, Manuel de Araújo, eleito a 20 de Novembro do ano passado aquando da realização das eleições autárquicas. Veríssimo decidiu ignorar o edil e andar sozinho nos bairros e reunir com pessoas e quase com todo seu elenco governativo. Indiferenças políticas Desde o dia 25 de Setembro do ano passado que as relações políticas entre Manuel de Araújo e Joaquim Veríssimo azedaram, depois daquele discurso alusivo ao dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, onde o governador reivindicava ganhos na autarquia de Quelimane. Neste dia, Veríssimo teria dito que a cidade de Quelimane estava a melhor mercê dos esforços do governo da Frelimo e dai que as pessoas não deveriam ser enganadas.
E mais, foi neste dia que Joaquim Veríssimo terá entoada a canção “não vamos esquecer o tempo que passou...”. Foi assim que Joaquim Veríssimo cantou diante dum ambiente “hostil”, onde maior parte dos participantes o vaiaram. Foi a partir daqui que as relações entre Araújo e Veríssimo nunca mais voltaram a ser as mesmas, ou seja, como aquelas que vinham sendo antes deste dia. Sempre que se encontram, Araújo vira para um lado (onde lhe convém) e Veríssimo também faz o mesmo.
E como prova disso, Veríssimo mandou a Secretária Permanente Provincial para estar ao lado de Araújo neste arranque do Carnaval. Foi o que aconteceu. Não se viu o governador embora sabendo-se que ele está na cidade.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 21.02.2014