40 anos depois da descolonização
Cidadãos portugueses que consideram ter sido espoliados na sequência das independências de Angola e Moçambique estão a pressionar os partidos políticos para porem em marcha um grupo de trabalho dedicado ao assunto. A Lusa, que avança a informação, diz que a reivindicação é antiga, mas, 40 anos depois da descolonização, aqueles que deixaram bens em Angola e Moçambique continuam à espera de uma compensação do Estado português.
Em Dezembro de 1994, deu entrada na Assembleia da República portuguesa uma petição, com mais de cinco mil assinaturas, que reclamava “o direito dos ex-residentes no Ultramar a uma justa indemnização”.
A petição só foi debatida dez anos depois, altura em que o Governo, do PSD, aprovou a criação de um grupo de trabalho interministerial para “estudar e propor soluções” - que nunca avançou.
Ontem, a Associação de Espoliados de Angola e a Associação de Espoliados de Moçambique foram recebidos, na Assembleia da República, pelo PCP, na primeira audiência de uma nova ronda pelos partidos com assento parlamentar. À saída da reunião, Vasco Rodrigues, presidente da Associação de Espoliados de Moçambique, explicou que estão a “reivindicar a indemnização” pelos “bens perdidos durante a descolonização de Angola e Moçambique”.
O PAÍS – 11.02.2014
NOTA:
Portugal foi o único país que não indemnizou. Por exemplo, a Itália até indemnizou os seus cidadãos por bens deixados em Moçambique e Angola.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE