Em número e proveniência ainda desconhecidas, um grupo de homens armados atacou e matou, por volta das 22 horas desta segundafeira, três pessoas ao longo da Estrada Nacional Numero Um (EN1), mais concretamente na zona da Manhiça.
Esta ocorrência tem lugar num momento que o país continua a acompanhar notícias da movimentação de armamento e homens armados supostamente da Renamo, da zona centro para as zonas norte e sul do país. Segundo informação divulgada esta terça-feira pelas autoridades policiais, as três vítimas iam numa viatura de marca Toyota Corola, quando de repente, foram interceptados por um grupo de indivíduos armados que obrigaram as vítimas a parar a viatura.
O grupo, cujo número não foi apurado, obrigou as três vítimas, ao que se acredita únicos ocupantes da viatura, a retirarem-se da mesma.
Instantes depois, com recurso a armas de fogo, o bando matou os três ocupam e num acto considerado simplesmente bárbaro, puxou os corpos para a mata e incendiou-os. A polícia, que foi alertada sobre o sucedido, chegou ao local pouco depois, mas, os corpos já estavam totalmente carbonizados e consequentemente irreconhecíveis.
Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da PRM, acrescentou que devido a gravidade das queimaduras, até esta terça -feira, ainda não tinha sido possível identificar os corpos.
“Ainda nem conseguimos apurar se o grupo das vítimas era composto por homens ou mulheres, só para verem o quanto foi brutal este crime”- lamentou.
Questionado se haveria algum paralelismo entre o crime e os ataques de homens armados da Renamo ao longo da ENI, particularmente no troço Save – Muxunguè, assim como as notícias recorrentes da movimentação de homens e armamento também supostamente da Renamo, Pedro Cossa foi cauteloso na resposta. “Não vou dizer se de facto foram homens da Renamo ou não que praticaram este crime.
Como já vos disse, nós ainda estamos a trabalhar para apurar dados que possam nos ajudar a esclarecer os factos” – anotou. A marca da viatura foi a única coisa que se conseguiu identificar no incidente.
Apesar de a polícia ter chegado ao local pouco depois, o incêndio já tinha destruído quase na totalidade a viatura que nem foi possível reconhecer a chapa de inscrição. A polícia diz que pela forma como aconteceram os factos, nem foi possível apurar qual era o trajecto da viatura.
MediaFAX – 26.02.2014