Sem perder tempo, o diálogo governo/Renamo já está a abordar o pacote relativo às Forças de Defesa e Segurança, onde está inclusa a proposta da desmilitarização do maior partido da oposição. É provável que a Renamo não dê o braço a torcer…
A teoria de que a Renamo terá de recuar em muitos pontos, imitando o governo na questão do pacote eleitoral, está posta de lado nesta matéria relativa à desmilitarização do maior partido da oposição.
Nas últimas semanas, elementos da Frelimo/governo têm defendido um posicionamento “mais responsável” por parte da Renamo quando entrar em debate – já decorre desde ontem - a questão da desmilitarização do antigo movimento rebelde. Isto lembrando a cedência encetada no tema eleitoral.
Mas nas hostes renamistas a ideia que prevalece é de que o governo não cedeu tal como a Renamo pretendia, i.e., a paridade muitas vezes exigida não foi observada, dando lugar ao equilibrismo na nova composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Perante isso, a Renamo irá exigir, nas discussões sobre a desmilitarização, uma espécie de meio-termo, onde em vez de um contingente de 250 ‘seguranças’ dos dirigentes do partido, com destaque para Afonso Dhlakama, este número baixe para os 200 ‘seguranças’ com direito a acesso ao equipamento militar.
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