O delegado político da Renamo em Manica, centro de Moçambique, negou hoje que a logística de homens armados esteja a ser organizada a partir daquela província, salientando que existe uma ala que trata da componente militar no partido.
“A logística nunca foi preparada a partir de Manica (centro) e fiquei surpreso com as informações que os homens da Renamo detidos em Inhambane (sul) eram naturais de Chimoio, porque a alçada militar é tratada noutros fóruns", declarou à Lusa Sofrimento Matequenha, delegado da Renamo em Manica.
Na sexta-feira, a polícia de Inhambane capturou sete homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), transportados numa camioneta, e apreendeu 15 armas, desmontadas, e mais de 2.500 munições, material escondido em sacos de milho.
Segundo a polícia, as armas, que eram transportadas para Maxixe, onde deveria ser montada uma posição de homens armados, saíram do arsenal da Gorongosa e passaram por Chimoio, a caminho do sul.
Segundo a imprensa moçambicana, os detidos tinham uma logística de 15.000 meticais (385 euros) para se alojarem em hotéis até à entrega das armas a um outro grupo que já se tinha instalado no "coração de Inhambane".
"Como delegado, trato de assuntos políticos", precisou Sofrimento Matequenha.
Está é a primeira vez que é capturado material bélico da Renamo desde o início dos conflitos político-militares em Moçambique em Abril, e que se estendeu para o sul e norte do país, onde foram igualmente registados ataques.
Lusa – 25.02.2014