A Frelimo, partido no poder em Moçambique, anunciou hoje, em Maputo, a criação do Gabinete Central de Preparação das V Eleições Gerais.
Na mesma ocasião também anunciou a realização da 9ª Reunião Nacional de Quadros e da 1ª Sessão Extraordinária do Comité Central, e ambos os eventos deverão ter lugar em Maio próximo, na Escola Central do Partido na Matola, província do Maputo.
Damião José, porta-voz da Frelimo, explicou em conferência de imprensa que o Gabinete Central de Preparação das V Eleições Gerais será chefiado pelo recém-eleito Secretário-geral da Frelimo, Eliseu Machava, coadjuvado pelo membro da Comissão Política e Secretário-geral cessante, Filipe Paúnde, e integra o candidato presidencial, Filipe Nyusi.
O CC convocou a Conferência Nacional de Quadros a ter lugar nos dias 7, 8 e 9 de Maio e a Sessão Extraordinária deste órgão para ter lugar nos dias 12 e 13 do mesmo mês, encontros que terão lugar na Escola Central do Partido na Matola, disse Damião José.
Remetendo para um momento oportuno o anúncio detalhado da agenda destes encontros, o porta-voz adiantou que a reunião de quadros deverá, certamente, analisar a situação no país e preparar a vitória nas eleições gerais. Por seu turno, a sessão extraordinária do CC deverá aprovar os documentos adoptados neste encontro.
Num outro desenvolvimento Damião José disse que a Frelimo exige a cessação imediata dos ataques protagonizados pelos homens armados da Renamo e o desarmamento incondicional deste partido, condição essencial para garantir a liberdade de circulação de pessoas e bens em todo o território nacional.
A Renamo já provou que não é uma força política, que não quer a paz e que só sabe matar e retardar o desenvolvimento. A Frelimo repudia as manobras dilatórias do partido liderado por Afonso Dhlakama que enquanto dialoga continua a semear dor e luto nas famílias moçambicanas, disse José, destacando que este partido está a matar o povo a quem vai pedir voto.
Para o porta-voz, a Renamo não é séria porque, apesar das cedências do governo, aparece sempre com novas exigências o que constitui uma prova eloquente de que é uma organização criminosa.
Refira-se que em sede do diálogo com o governo a Renamo exigiu a revisão do pacote eleitoral, mais concretamente a composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (CNE). As propostas da Renamo viriam a ser aprovadas por consenso pela Assembleia da República, o parlamento moçambicano.
A Frelimo, na voz de Damião José, saudou a Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) pela coragem e determinação no cumprimento da sua missão de garante da defesa e integridade territorial, destacando que enquanto a Renamo continuar a atacar e a matar estas não ficarão indiferentes.
MAD/SG
AIM – 07.03.2014