Delimitação da fronteira continua a maior divergência
O Malawi e a Tanzânia voltaram a não se entender sobre partilha do Lago Niassa. No último dia da Reunião de Maputo, nenhum dos dois países cedeu nas suas posições iniciais sobre a delimitação fronteiriça.
Enquanto a mediação, chefiada pelo antigo chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano, defendia que as partes deviam discutir primeiro a questão da exploração e gestão do lago, os dois países dizem que, enquanto não houver acordo sobre a delimitação da fronteira, não haverá discussão sobre outras matérias.
"As duas partes continuam rígidas. O Malawi quer que a fronteira seja delimitada pela linha da costa oriental do lago, ou seja, a costa da Tanzânia, enquanto que este último, quer que seja pela linha mediana do lago e é são estas duas posições que opõe as partes" disse Chissano nesta sexta-feira, em conferência de imprensa, no final da cimeira.
Apesar da falta de avanço, tanto os mediadores como as partes litigantes consideram que o encontro de Maputo foi positivo e deu bons sinais para um acordo em breve.
As delegações da Tanzânia e do Malawi deixam Maputo com promessas de voltarem a reunir em breve numa nova cimeira bilateral na presença da equipa da mediação.
O PAÍS – 21.03.2014