O director nacional-adjunto de Impostos, Moisés Marrime, foi baleado por bandidos na noite de terça-feira quando pretendia entrar na sua residência, no bairro das Mahotas, arredores da cidade de Maputo.
Ao que tudo indica, a “gang” terá seguido aquele funcionário da Autoridade Tributária de Moçambique (AT) até ao local ou ainda teria se posicionado nas imediações da sua casa com o intuito de o assassinar, uma vez cientes de que iria abrandar ou imobilizar a viatura no compasso de entrar em sua casa.
Feito isso, dispararam várias vezes contra a viatura na qual se fazia transportar, tendo atingido o alvo na região da coluna e no braço direito.
Logo após os disparos e da certificação de que a vítima tinha sido atingida os bandidos puseram-se em fuga, de acordo com Orlando Mudumane, porta-voz da Polícia na capital.
A fonte, que não avança detalhes, garantiu que a corporação está a proceder às investigações e mais dados serão partilhados com o público oportunamente.
A tentativa de assassinato de Moisés Marrime recorda a morte há exactamente quatro anos, e num roteiro similar, de Orlando José, então director de Investigação, Auditoria e Inteligência das Alfândegas, outra Direcção da Autoridade Tributária.
Foi na noite de 26 de Abril que aquele quadro foi assassinado à entrada de sua casa no bairro do Zimpeto, também na periferia da cidade de Maputo.
Cerca de três horas antes da sua morte Orlando José tinha anunciado a apreensão de três viaturas luxuosas, uma delas pertencente a um poderoso grupo económico com sede na província de Nampula.
Curiosamente, nos dias que correm a Autoridade Tributária está a recolher viaturas importadas por uma rede que beneficiou ilegalmente de isenção em nome de partidos políticos e posteriormente vendidas a particulares. Na sua maioria os compradores desconhecem os contornos da importação.
Denominada “Búfalo”, a operação já deixou dezenas de cidadãos sem os seus carros, não se sabendo ainda como e quando é que poderão reavê-los.
NOTÍCIAS – 01.05.2014