A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ainda não recebeu nenhum pedido formal de prorrogação do recenseamento eleitoral de quem quer que seja, embora alguns membros de partidos políticos, como a Renamo, terem manifestado interesse nesse sentido.
Este facto foi revelado pelo Presidente da CNE, Abdul Carimo, durante a cerimónia de tomada de posse de quatro vogais deste órgão eleitoral ao nível da Cidade de Maputo.
A cerca de uma semana para o término do recenseamento, a 29 de Abril, o presidente disse que o processo está na ordem de 70 por cento e que o número é satisfatório tendo em conta as dificuldades enfrentadas no início.
Apesar da satisfação, segundo Carimo, ainda constitui desafio aumentar o número de recenseados uma vez que existem pessoas que deixam para a última hora.
‟Queríamos apelar a essas pessoas que quando mais cedo se façam as brigadas para efectuarem o seu registo melhor e não deixem para a última hora, porque dificulta não só a todos nós, como cidadãos, mas também toda a logística das brigadas do recenseamento eleitoral, exortou.
Sobre algumas zonas da província central de Sofala onde o recenseamento ainda não arrancou por causa da tensão político-militar, Carimo disse que há um total de 10 brigadas e, até ao momento, apenas uma está efectivamente no terreno.
O presidente garantiu que ‟vamos trabalhar afincadamente para conseguir cobrir a grande maioria dos interessados em recensear.
Quanto aos problemas de alguns distritos isolados no norte da Província setentrional de Cabo Delgado por causa das inundações, Carimo disse que foram usadas vias alternativas para abastecê-las.
Os quatro vogais, ora empossados, são oriundos da sociedade civil, tendo sido indicados pelos três partidos com assento no parlamento, a Assembleia da República (AR), nomeadamente a Frelimo (no poder), Renamo e MDM, estes dois na oposição).
Trata-se de Celestino Cumaio (Frelimo), Sónia Macuacua e João Almirante (Renamo) e Ângela Chemane (MDM).
Dirigindo-se aos vogais, o presidente da CNE disse que os investidos devem desempenhar as suas funções tendo em conta o compromisso do país para com o aprofundamento da democracia multipartidária e o progresso.
‟É fundamental que tomem as vossas opiniões com independência, imparcialidade e isenção, e abstenham-se de se envolverem em atitudes negativas, recomendou Carimo.
Delfina Cupensar (DAC)/DT
AIM – 21.04.2014