África tem um défice de um milhão de profissionais de saúde numa altura em que a prevalência das doenças no continente conhece uma subida considerável, revelou a presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma.
Dlamini-Zuma declarou, além disso, que, apesar de ter existido, em 1953, apenas 10 instituições médicas de formação no continente, maioritariamente no norte de África, cerca de 200 instituições médicas foram instauradas nos últimos 50 anos pelos Governos africanos, pelo sector privado e pelas universidades públicas e privadas.
'Há uma necessidade crescente de reorientar a nossa formação médica para que se focalize de maneira global nos modos de vida sã, no ambiente e na nutrição, para que a geração futura de médicos africanos seja formada na prevenção em vez em diagnósticos e em tratamentos', preconizou Dlamini-Zuma durante uma conferência dos médicos pan-africanos havida quarta-feira em Addis Abeba.
Declarou igualmente que, enquanto a população mundial conhece um crescimento demográfico e cobiça profissionais de saúde africanos à procura de novas oportunidades, o continente depara-se com uma falta de trabalhadores de saúde.
'As dificuldades que conhece o sector da saúde a nível mundial são ressentidas e visíveis em África. O continente, que representa dez porcento da população mundial, acolhe 25 porcento das doenças de prevalência no mundo com apenas três porcento dos trabalhadores da saúde. O continente regista igualmente o quarto dos défices de trabalhadores de saúde no mundo', sublinhou a presidente da CUA.
O encontro foi convocado conjuntamente pela Associação dos Médicos Americanos para África (USDFA) e pela organização People to people (Povo para o Povo).
PANA/SN
AIM – 22.05.2014