Ao ter aprovado as regalias dos deputados e dos ex-PRs
O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e candidato às eleições de 15 de Outubro, Daviz Simango, considerou, no passado fim-de-semana, em Maputo, que a sua bancada cometeu um grande erro ao ter aprovado as duas leis que atribuem regalias escandalosas aos deputados e aos ex-Presidentes da República, numa altura em que a esmagadora maioria da população moçambicana vive asfixiada pela pobreza.
Ao terem aprovado as duas leis, que foram baptizadas como as “Leis do Saque”, o MDM e a Renamo, os dois partidos da oposição, receberam críticas de todos os lados. Questionou-se o paradoxo de se apresentarem como diferentes do partido Frelimo, quando na verdade se juntaram a esse partido na luta para perpetuar a pobreza.
Daviz Simango foi o primeiro dirigente político a pronunciar-se sobre o assunto. “Queremos pedir desculpas ao povo moçambicano pelo facto de a nossa bancada ter cometido um grande erro de aprovar as regalias, quando a maioria da população vive na pobreza”, disse Simango no decurso duma reunião com a liga juvenil do seu partido na província de Maputo.
As duas leis ainda estão nas mãos do Presidente da República, para promulgação. Pode até acontecer que o expediente destas duas leis seja aproveitado também pelo Presidente da República para lavar a sua imagem, mandando-as devolver ao parlamento, já que, em época eleitoral, tudo pode acontecer.
Sobre o encontro com os jovens
O encontro do presidente do MDM serviu para auscultar as preocupações da juventude, para o aperfeiçoamento do manifesto do seu partido. Das várias preocupações levantadas, salienta-se a falta de políticas de habitação, de emprego e de educação. Daviz Simango mostrou-se preocupado e sensibilizado e prometeu que, caso seja eleito, vai criar políticas para a resolução dos problemas da juventude. Na ocasião, Simango chamou a atenção dos militantes da sua formação política para a necessidade de controlar os votos. Simango exortou ainda os militantes do seu partido para deixarem de lado o conforto e o luxo e para trabalharem para a conquista do poder. Simango alertou que não basta sensibilizar as pessoas para votarem no MDM, é preciso fiscalizar os votos dos moçambicanos depositados nas urnas. (Redacção/André Mulungo)
CANALMOZ – 26.05.2014