Dez pessoas morreram este ano por causa das enchentes nos comboios
A superlotação de comboios de transporte de passageiros já custou a vida a dez pessoas, só este ano, nas diferentes linhas em Maputo.
Os utentes deste meio de transporte viajam penduradas em qualquer parte das carruagens, por um lado, devido à falta de espaço no interior e por outro para escapar ao pagamento da tarifa. A consequência directa deste facto é a queda de passageiros que segundo os Caminhos de Ferro de Moçambique já causou a morte de 10 pessoas este ano.
É um drama que se agudizou na década de 2000, com o rápido povoamento dos bairros de expansão no município da Matola, casos de Nkobe, Tsalala, Machava-Socimol, entre outros. Só na linha de Ressano Garcia, que atravessa os bairros acima mencionados, a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) transporta, diariamente, cinco mil passageiros.
A zona Sul do país, nas linhas de Limpopo, Ressano Garcia e Goba, é servida por um total de 30 carruagens, para um universo de oito mil passageiros diários (cinco mil na linha de Ressano, dois mil na de Limpopo e mil na linha de Goba). O resultado de poucos meios para muita procura é a superlotação que se verifica nas horas de ponta.
O PAÍS – 21.05.2014