Não se trata de uma imposição da nossa parte ou sobreposição às vossas agendas senhores destacados líderes políticos desta nossa pátria amada.
É que a situação em que o país está mergulhado já não permite mais espaço de manobra. Exige-se um único posicionamento firme e urgente. Sentarem-se a mesma mesa hoje mesmo e ultrapassarem de uma vez para sempre todas as vossas diferenças. A solução do conflito actual em Moçambique somente está em vossas mãos. Por isso apelamo-vos a evidenciarem toda a vossa capacidade e imaginação para rapidamnete devolverem a paz e estabilidade política ao país.
A Paz não deve continuar a ser tratada apenas como slogan para alimentar discursos políticos. A Paz é algo concreto que tem de ser vivido por todos os moçambicanos e visitantes. A Paz não deve ser condicionada a concórdia, mas sim a nossa própria existência. Senhor Presidente da República e do reconhecido histórico Partido Frelimo; Senhor Líder da Renamo: Entendam de uma vez para todas que o povo está cansado de sofrer devido a guerra. Saibam de uma vez para sempre que o mundo inteiro está atento em vós, e que já começou a produzir várias ideias para suportar teses sobre quem vós sóis em relação ao compromisso com a Paz.
O que vos impede de sentar-se à mesma mesa e discutir o fim imediato de hostilidades militares no país?
Quanto isso custa? Nem que custe tanto dinheiro diagamnos para começarmos a mobilizar fundos internos e externos para suportar a vossa sentada em qualquer da vossa escolha.
O que não deve custar para a vossa sentada é o sacrifício de vidas de moçambicanos. Ainda que esteja a acontecer, isso jamais dever ser cosiderado. O exercício do poder político não sugere imposição de vontades individuais mas sim colectivos. Todas práticas inseridas no exercício do poder político tem só um fim Servir o interesse pacífico do povo. Ser dirigente político é uma honra, é um mérito e privilégio na sociedade para quem ostente esse estatuto, por isso nunca se espera incompreensão do povo.
Quando se está perante um conflito a prioridade nunca deve assentar sobre quem tem razão nem quem tem culpa, mas sim sobre a permanente vontade e capacidade de liderança de contornar a crise e rapidamente encontrar a solução. É a compreensão que o povo espera receber de seus políticos, políticos activos, comprometidos e engajados na busca de soluções que proporcionem um bem-estar a todos, independentemente das aspirações, desejos, afinidades de cada um.
Quando isso não acontece quem sofre é o povo e os senhores líderes políticos não imaginam quanto esse povo sofre com isso. As pessoas que diariamente tem de transitar pela região Muxúnguè – Save, por várias razões, não imaginam senhores líderes políticos quanto sofrem. O cenário de guerra é tão patente nesta zona, que até os dirigentes políticos e do governo, arriscamo-nos a afirmar isso com categoria, que não se arriscam a passar por lá. Que o desmintam.
O AUTARCA – 23.06.2014