As diferenças de opiniões e a forma egocêntrica a que, nalgumas vezes, o Governo e a Renamo recorrem para interpretar preceitos e acordos tendem a ser salientes. Obviamente que, em vez de unanimidade, prevalece a discórdia e entra-se em rota de cisão. Por conseguinte, a nossa relação como moçambicanos e como nação está por um fio.
De ameaça em ameaça, as partes beligerantes atingiram um estágio em que já não basta um passo em falso para um atirar intencionalmente contra o outro, a matar. A desconfiança em relação à falta de rectidão entre quem dirige a nação e quem está na oposição é de tal sorte que se vive com os dedos no gatilho.
O pior é que temos um Executivo que se gaba de ser aberto ao diálogo mas age de forma contrária e permite que quem o elegeu sofra. Temos uma Renamo que se vangloria de lutar pela paz e pela Democracia mas usa o povo para pressionar a sua contraparte. E quando achávamos que isso bastava, eis que somos abalados com pretensões de instalar tribos dentro de um território que há 39 anos libertámos para ser uno e indivisível.
@VERDADE – 27.06.2014