A Procuradoria Provincial da Zambézia (PPZ), remeteu na semana passada ao Tribunal Judicial da Província da Zambézia todo expediente inerente ao caso Maxi Love (processo 343/PPZ/2013) que vinha sendo investigado pelo Ministério Público (MP) já há um ano.
Neste expediente, o MP constituiu como arguido o cidadão Manuel João e que até agora desempenha as funções de agente de Segurança para altas individualidades e está afecto as forças que protegem o Governador da Zambézia, Joaquim Veríssimo. Manuel João é tido como a pessoa que atirou mortalmente contra o jovem músico, conforme os argumentos do MP. Fontes próximas e que dominam a matéria legal dizem que este processo pode levar mais tempo ao avaliar pela forma como está sendo conduzido. Como mexe sensibilidades, o caso vai-se arrastando e até esquecido pela opinião pública e esta pode ser uma estratégia encontrada por quem de direito. Estes entendedores da lei questionam o porquê de até agora, o homicida estar a passear ao invés de estar preso, visto que ele cometeu um homicídio qualificado. Estas mesmas fontes que falaram ao Diário da Zambézia desconfiam que o processo seja mais um que vai ser guardado, dai que sendo este guarda do governador, o MP deve estar com receio de fazer cumprir a lei.
E não só, de acordo com estas mesmas fontes, se fosse um cidadão qualquer, se calhar estaria detido aguardando na prisão o andamento do processo, mas sabendo-se como este crime aconteceu, ninguém tem coragem de prende-lo. Refira-se que Maxi Love foi morto a 21 de Novembro de 2013 por um guarda do Governador quando este manifestava na companhia dos seus colegas membros do Movimento Democrático de Moçambique pela vitória de Manuel de Araújo, nas eleições autárquicas. (António Zefanias)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 09.06.2014