A Renamo que tem homens armados espalhados no distrito de Mocuba, voltou a protagonizar mais um ataque na região de Morrothone, semana passada, o segundo em menos de um mês.
Relatos de populares dão conta de ter ocorrido uma forte troca de tiros entre os homens armados da Renamo e as forças de Defesa e Segurança.
Alguns residentes em Morrothon confirmaram que a troca de tiros obrigou algumas pessoas a fugirem de suas casas e outras que se encontravam na machamba tiveram de abandonar a produção. Ainda que os relatos populares denunciam o registo de mortes e feridos, dos contactos efectuados pela nossa reportagem junto de entidades oficiais não foi possível obter a confirmação de vitimas graves.
Certo é que os confrontos militares retrairam a circulação normal de viaturas na estrada nacional número um, na região entre Mugeba e Nampevo.
Há confirmação de que alguns utentes tiveram de abortar viagem.
Em Morrothone funcionou uma antiga base da Renamo e nos últimos tempos tem havido relatos constantes de movimentação de homens armados pertencentes ao partido de Afonso Dhlakama.
Nos últimos dias a Renamo intensificou a onda de ataques contra alvos militares e civis em Gorongosa e Muxúnguè e, progressivamente, os homens armados desta força política com representação no parlamento estão avançar para outros pontos do país, com destaque para Tete e Zambézia onde já existe confirmação de ataques.
É um cenário que ocorre numa altura em que o Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, tem multiplicado a sua manifestação de preocupação face a essa escalada de violência armada, solicitando uma resolução urgente do conflito.
O AUTARCA – 23.06.2014
NOTA:
Acho que o PR não tem que “solicitar uma resolução”. Ele é obrigado a encontra-la.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE