Eleições legislativas
- Na cidade capital do País, o cabeça de lista é o académico António Namburete, em Sofala é Manuel Bissopo, em Nampula é Ossufo Momade, em Manica é Saimone Macuiana e na Zambézia é Abdala Ossifo
A Renamo, o ainda maior partido da oposição em Moçambique, manteve o conselheiro do Estado, António Muchanga, como o segundo colocado na lista dos candidatos a deputados da Assembleia da República pelo círculo eleitoral da província de Maputo. António Muchanga, segundo se sabe, está neste momento encarcerado nas celas da Brigada Operacional da Machava depois de ter perdido imunidade e posteriormente detido em circunstâncias consideradas estranhas e politicamente preparadas. Aliás, a forma e os mecanismos usados para a posterior legalização da prisão de António Muchanga foram considerados também estranhos pela advogada Alice Mabota, para quem as autoridades atropelaram tudo que é lei para conseguirem a legalização da prisão do acusado.
Confirmado como número dois e impossibilitado de fazer campanha eleitoral, António Muchanga deve simplesmente contar com a força dos seus companheiros livres, que deverão fazer um grande esforço para assegurar a eleição do detento. Nas eleições passadas, recorde-se, a Renamo apenas conseguiu eleger um deputado na província de Maputo, no caso, José Manuel Samo Gudo.
Contando com a participação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e tendo em conta o comportamento que este partido teve na cidade da Matola aquando das autárquicas, a entrada de António Muchanga na AR poderá exigir esforços redobrados aos membros e militantes da Renamo.
Na terceira e quarta posições a Renamo apostou nas figuras de Albertina Matavele e Rabia Ibrahimo. O último colocado no círculo eleitoral da província de Maputo (17) é Alfredo Simoque Marrengula. Sem novidades, a província de Sofala apresenta o Secretário-Geral do partido, Manuel Zeca Bissopo como o cabeça de lista seguido de Albano Bulande Jose, Albertina João e Andre Magibire (o mandatário do partido no CC).
Manuel Pereira está na posição 14, o conselheiro Manuel Francisco Lole está na posição 17 e o último colocado (22) é Antonio Campira Sande.
O antigo Secretário-Geral da Renamo, Ossufo Momade, está colocado como cabeça de lista na província de Nampula, seguido por Bernardino Cortez, Lúcia Afate e Simão Bute. A última da lista (49) é Delfina Adriano, numa província que o maior partido da oposição tem estado a perder a sua popularidade nos últimos tempos. Nampula é o maior círculo eleitoral do País. Para Manica, o chefe negociador da Renamo no diálogo com o governo moçambicano e também deputado da AR, Saimone Muhambi Macuiana, lidera a lista pelo círculo eleitoral de Manica. Ele é seguido pelos candidatos Sofrimento Matequenha, Janete Nelsone Funene e José Maria Nicolau.
Enquanto isso, o académico e integrante da delegação da Renamo no diálogo político, António Namburete, foi colocado como o cabeça de lista na cidade de Maputo, numa lista que é seguido pelos pares Antonio Timba, o mágico (2), Ivan Mazanga, filho de Fernando Mazanga (3), Lize Angela Pereira Marroquim (4), Jeremias Pondeca (5) e Lazaro Cassamo (16) fecha a lista.
Na Zambézia, o comando da lista ficou o candidato Abdala Ossifo Ibraimo. Zambézia é uma província que em contextos eleitorais posiciona-se sempre favorável à Renamo e apesar do actual momento político acredita-se que a tendência favorável ao partido de Afonso Dhlakama não se vá alterar substancialmente.
Viana Magalhães, o segundo vice-presidente da AR, é o segundo, seguido dos números dois e três, nomeadamente Maria Inês Martins e Leopoldo Ernesto.
Maria Ivone Soares, actualmente deputada da AR é a quinta colocada. José Manteigas (6), Jerónimo Malagueta (15), José Palaço (21), Luis Gouveia (40), Anselmo Victor (41), são outros nomes do segundo maior círculo eleitoral do País, a província da Zambézia.
Ana Celestina da Silva é a última colocada com o numero 43 na lista da Renamo.
Em Inhambane, a Renamo tem como cabeça de lista, Carlos Samussone Maela e em Gaza o cabeça de lista é Bambo Carlos Mavie. Nestas duas províncias, a oposição tem estado a enfrentar dificuldades de toda a ordem para poder singrar, daí que a Frelimo tem estado a eleger a totalidade dos assentos previstos.(Ilódio Bata e redacção)
MEDIA FAX – 30.07.2014