A COMISSÃO Nacional de Eleições (CNE) decidiu adjudicar a um consórcio moçambicano/sul-africano o concurso para a produção do material de votação atinente às eleições presidenciais e legislativas de 15 de Outubro.
Trata-se do consórcio constituído pelo grupo empresarial moçambicano “Académica” e sul-africano “Print Media”, que irá produzir os boletins de voto para as eleições presidenciais e para a Assembleia da República, para além de outros itens referentes ao sufrágio. O Grupo Académica participou na elaboração de materiais para o recenseamento eleitoral no ano passado.
De acordo com o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, a adjudicação da produção do material de votação, formação e educação cívica referentes ao processo eleitoral em curso foi feito em três lotes, cabendo o primeiro ao consórcio acima referido, avaliado em 310 milhões de meticais.
O segundo e o terceiro lotes foram adjudicados a um outro consórcio, desta feita constituído pela empresa moçambicana “ESCOPIL” e sul-africana “PAARL Media”, que se encarregará de produzir os materiais de educação cívica e formação dos agentes de educação cívica e dos membros das mesas das assembleias de voto.
“ESCOPIL” foi a que ganhou o concurso sobre a produção do material eleitoral para o sufrágio autárquico que teve lugar em Novembro do ano passado.
Estes dois lotes estão orçados em 69 e 29 milhões de meticais, respectivamente.
“Concorreram para a adjudicação destes trabalhos a estas duas empresas os critérios conjugados, em que conta a qualidade técnica dos materiais produzidos baseados em amostras (com peso de 20 por cento); especificações técnicas, logísticas, de segurança e experiência (com peso de 70 por cento) e menor preço (com peso de 10 por cento)”, conforme revelou Paulo Cuinica em declarações ao “Notícias”.
Segundo a nossa fonte, apresentaram propostas para este concurso sete concorrentes, na sua maioria empresas constituídas por companhias moçambicanas e estrangeiras.
Das estrangeiras o destaque vai para sul-africanos, portugueses e chineses.
O nosso interlocutor referiu que o dinheiro a ser empregue para a produção dos materiais de votação, formação e educação cívica é parte dos pouco mais de um bilião de meticais concedidos pelo Estado para a preparação e realização destas eleições.
“Para além de custear a produção destes materiais, o dinheiro disponibilizado pelo Governo prevê ainda o pagamento dos membros das mesas de voto (MMVs); aluguer de meios de transporte, nomeadamente aéreos (sobretudo helicópteros), rodoviários (camiões e viaturas ligeiras) e fluviais para a distribuição dos MMVs e respectivo material de votação, entre outras acções”, referiu Cuinica.
Lembrar que para as eleições legislativas apresentaram candidaturas 30 partidos políticos, coligações de partidos e grupos de cidadãos eleitores, enquanto para as presidenciais vão concorrer 11 candidatos. Apenas seis organizações vão disputar as eleições para as assembleias provinciais.
Para o processo de votação dos concorrentes está inscrito pouco menos de dez milhões de eleitores.
NOTÍCIAS – 24.07.2014